Sonhos mutantes - travesseiros - série I - Ddaniela Aguilar (4)

Travesseiros

Série I – Objetos – TRAVESSEIROS

Sonhos mutantes - travesseiros - série I - Ddaniela Aguilar (1)

A OBRA

 

SÉRIE I – TRAVESSEIROS 144

São 144 objetos: travesseiros-almofadas. Realizados após analisar os sonhos selecionados no “Livro dos Sonhos” através de metodologia inspirada a partir da Anatomia dos Sonhos e da Trilha dos Sonhos. Foram identificados 12 agrupamentos e a partir daí, estabelecidos dimensões e formatos. Os clichês, gravuras e desenhos, colocados associados algumas vezes literalmente ou em grande parte por amplificação.

Sonhos mutantes - travesseiros - série I - Ddaniela Aguilar (19)
Sonhos mutantes – travesseiros – série I – Ddaniela Aguilar
Sonhos mutantes - travesseiros - série I - Ddaniela Aguilar (19)
Sonhos mutantes – travesseiros – série I – Ddaniela Aguilar
Sonhos mutantes - travesseiros - série I - Ddaniela Aguilar
Sonhos mutantes – travesseiros – série I – Ddaniela Aguilar
Sonhos mutantes - travesseiros - série I - Ddaniela Aguilar 25
Sonhos mutantes – travesseiros – série I – Ddaniela Aguilar

* Numeração:

Criou-se uma forma de numeração da série, que sinalizasse o processo de mutação da obra. A partir da assinatura da artista, em espiral – espelhada, formando assim outro símbolo universal – a Espiral Dupla – cujo significado é “principio e fim, yin e yang, condensação e dissipação,”… (Jill Purse, The Mystic Spiral, Ed. Thames & Hudson, 1974, pag. 116).

 Com a mesma significação, em alguns antigos templos cristãos, a consagração das igrejas se ritualizava com a primeira letra do Alfabeto Latino, a última letra do Alfabeto Grego e às vezes, com o Alefato. (Jean Hani, El Simbolismo del Templo Cristiano, Ed. Sophia Perennis, 1978, pag. 44-46). Associando o Alefato à Guematria Cabalista, possibilita a numeração de 001 a 144.

Que em ordem crescente se estabeleceu assim: Espiral dupla, letra A, letra Ômega, numeração de 001 a 144.

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Sonhos mutantes – travesseiros – série I – Ddaniela Aguilar
Sonhos mutantes - travesseiros - série I - Ddaniela Aguilar
Sonhos mutantes – travesseiros – série I – Ddaniela Aguilar
Sonhos mutantes - travesseiros - série I - Ddaniela Aguilar
Sonhos mutantes – travesseiros – série I – Ddaniela Aguilar
Sonhos mutantes - travesseiros - série I - Ddaniela Aguilar
Sonhos mutantes – travesseiros – série I – Ddaniela Aguilar
Sonhos mutantes - travesseiros - série I - Ddaniela Aguilar (4)
Sonhos mutantes – travesseiros – série I – Ddaniela Aguilar
Sonhos mutantes - travesseiros - série I - Ddaniela Aguilar (10)
Sonhos mutantes – travesseiros – série I – Ddaniela Aguilar

SÉRIE II – TRAVESSEIROS

Sonho mutantes - travesseiros II (2015) - Ddaniela Aguilar.
Novembro/ 2007 a Janeiro/2008 – Exposição“Esta Rua é Minha” – curadoria : Marcos Lontra. Galpão 72 – Maceió-AL

( Exposição  “Esta rua é minha” – Série TRAVESSEIROS e Série TENDA (2007/2008 )

A instalação “Sonhos Mutantes – Travesseiros e Tenda” na Exposição  “Esta rua é minha”,  marcou  o início do processo das ações de compra de sonhos de outros.

Para comprar simbolicamente estes sonhos, optou-se por uma apresentação performática com 01 casal de atores de teatro vestidos respectivamente de mágico e assistente (apropriação do figurino realizado para a peça teatral “Estrela de Alagoas” – Grupo teatral ATA).

 

TODAS AS RUAS DA CIDADE                                                                                                                                                                                        

Marcus de Lontra Costa*

Toda arte é uma revolta contra o destino do Homem”.
André Malraux

No início, há somente o silêncio dos grandes espaços. A presença do ser humano ocupa o terreno e a ação artística estrutura e identifica o cenário da vida. O mundo é a medida do homem, de suas realizações, de seus sonhos. Essa é a busca, esse é o caminho do ser humano em sua sina de garimpeiro.

Para que esse mundo possa ser compreendido em seu sentido integral, para que ele tenha rumo, é preciso que ele seja seccionado, que seus espaços sejam repartidos; é preciso que as formas povoem seu território e venham a criar, assim, sentido e identidade. Na invenção do mundo criado pelo homem é preciso dividir, organizar e, depois, entender.

Portanto, para o “entendimento” ser levado a bom tempo é preciso articular relações com o mundo real. Nessa equação emocionada entre o projeto e a construção, entre o sonho e o fato concreto, o homem cria “coisas” a partir de “coisas” naturais. Esse é o universo da criação artística, assim ela opera. “Para se criar uma paisagem, o artista deve, antes de tudo, matar a paisagem anterior. (1)

Eis então a premissa da criação artística, o seu berço e a sua essência. O tempo e o espaço se articulam numa poética peculiar e com ela o homem povoa o seu território de lembranças, experiências, descobertas, inventos, conquistas. O pensamento humano é, portanto e antes de tudo, uma cidade invisível, envolta na bruma. Cabe a ação artística dar forma e sentido a esse vazio, encher de ruídos esse silêncio, estruturar e tornar visível essa idéia, fazer do mundo a extensão do seu pensamento: local da ação. “O Tejo não é maior do que o rio da minha aldeia”. (2)

“Esta rua é minha” traz ao público três realidades específicas, três experiências artísticas distintas, três cidades, três maneiras diferenciadas de se abordar um mesmo mundo, uma mesma questão. Essa é o caminho do invento, esse é o artista em seu destino de garimpeiro, a caminhar pelo mundo buscando encontrar aquilo que jamais perdeu. “Cantando espalharei por toda a parte/Se a tanto não me falar engenho e arte”. (3)

O possessivo do título deve ser compreendido em seu sentido mais amplo, de pertencimento e ocupação de mundo. Esta rua é minha, todas as ruas da cidade, a cidade e nossa, ela é local da festa, da troca, da comunicação, ela é em essência a grande catedral das ações do ser humano e seu grupo, sua espécie, sua gente, seus pares. Essa é a proposta dessas cidades inventadas… Desvendá-las, enfrentar o permanente mito da Esfinge, “Decifra-me ou te devoro”, eis o desafio. Superar a mera contemplação passiva e envolver-se na experimentação, acreditar na força subversiva da Beleza, olhar e sentir o mundo em suas várias angulações, perceber que descobrir alguma coisa nova no mundo é, também, descobrir alguma coisa em nós mesmos. Toda criação artística é um convite, um barco, uma viagem. “Navegar é preciso, viver não é preciso”. (4)

Para Ddaniela Aguilar o mundo é a construção de um território a partir de algo que se perdeu, civilização abandonada que se reconstrói através de fragmentos, resíduos, lembranças. A cidade se elabora a partir do sonho, a partir de desejos, amores, energias, sentimentos que povoam o espaço, que rompem os limites, que inundam e irrigam a terra e todos os pensamentos do ser humano. Esses são os elementos, engrenagens, travesseiros, grafias e gravados, essa é a matéria com a qual a artista elabora o seu discurso, seus ritos, seus sonhos, seu mundo. Tudo, aqui, conspira pelo Mistério.

*Crítico de arte
  1. Herbert Read
  2. Fernando Pessoa
  3. Luiz de Camões
  4. Anônimo. Português. Popular

 

TENDASérie 24 telas

Dimensão: variadas (pintura a partir de 04 agrupamentos de sonhos), dispostas em forma de “tapetes que descem sobrepostos”.

Estrutura externa de madeirite e caibros dimensão: 400 x 400 x 400 cm.

Técnica/Material: acrílica sobre tela, madeira (estrutura)

Ação performática: compra de 98 sonhos

Sonho mutantes | Ddaniela Aguilar.
Sonho mutantes | Ddaniela Aguilar.

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TRAVESSEIROS: Série de 144 objetos

Dimensão: variadas, divididos em 12 agrupamentos de sonhos.

Técnica/Material: externo: Clichês de borracha e silicone, colagens, desenhos, acrílica sobre acetato;

Interno: jornal pós-consumo.

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Instalação – Série TRAVESSEIROS – CÍRCULO DE MENINAS – Guardiã permutante dos desejos e sonhos
Exposição: Outubro 2012 –  Antonio Climent  Pop Up Gallery | Barcelona –Espanha
TRAVESSEIROS: 100 objetos em dimensões variadas. Material: externo: Clichês de borracha e silicone, colagens, desenhos, acrílica sobre acetato; interno: jornal pós-consumo.
Exposição – Série TRAVESSEIROS – CÍRCULO DE MENINAS – Ddaniela Aguilar (1)
Exposição – Série TRAVESSEIROS – CÍRCULO DE MENINAS – Ddaniela Aguilar